Especial inédito do HISTORY tenta interpretar o manuscrito indecifrável com mais de 600 anos

 

O Misterioso Código Voynich mostra as últimas descobertas sobre o livro, que ao que tudo indica, não passa de uma fraude

 

Escrito em pergaminho, com 122 folhas, num total de 204 páginas, nas quais, além da escrita misteriosa há ilustrações, cartas e figuras humanas. Trata-se de um livro incompreensível, escrito por um autor desconhecido há cerca de 600 anos, tema do documentário inédito O Misterioso Código Voynich, que o HISTORY estreia dia 23/7, segunda-feira, às 23h.

 

O livro ilustrado, que nunca foi decodificado e desafia os aficionados pela relíquia medieval, foi comprado em 1912 pelo livreiro americano de origem polonesa Wilfrid M. Voynich – cujo nome batiza o Manuscrito – do padre Joseph Strickland, que precisava de fundos para seu colégio jesuíta na Vila Mondragone, em Frascati. Célebre como o livro que "ninguém consegue ler" em virtude de seu sistema de escrito ininteligível, o Manuscrito Voynich é, há anos, objeto de estudo de criptógrafos. Durante a Segunda Guerra Mundial, tentaram sem sucesso decifrar a sequência de símbolos, chegando a acreditar que o livro, na realidade, não trazia informação alguma.

Quase um século depois, em 2011, um grupo de pesquisadores da Universidade do Arizona conseguiu, ao menos, decifrar quando o manuscrito foi escrito a partir da tecnologia de radiocarbono e, hoje, sabe-se que ele data do século 15. Quanto ao conteúdo, acredita-se que o Manuscrito Voynich não passe de uma fraude e tenha sido forjado como obra de arte pelo mago, astrólogo e falsário inglês Edward Kelley e pelo filosófico, astrônomo e matemático John Dee – conselheiro da rainha Elizabeth I para questões astrológicas e científicas – para enganar o rei do Sacro Império Romano-Germânico, Rodolfo II. Em 2005, foi publicada, na França, sua primeira versão fac-símile, Le Code Voynich.