HISTORY apresenta documentário sobre a grande história do cotidiano
Há coisas tão comuns que não despertam a atenção porque se tornaram parte da rotina das pessoas. Mas Grande História e Pequenas Coisas, destaque do HISTORY no dia 17/5, sexta-feira, às 16h45, traz à tona o passado distante, ou nem tanto, dos objetos e hábitos sem os quais o homem moderno não vive mais.
O documentário relembra porque a gravata – um simples pedaço de pano vertical usado por homens ocidentais – tornou-se essencial em eventos formais. Diferentemente do que acontece hoje, em 1600, a peça tinha a função específica de proteger os pescoços dos soldados croatas do frio, e, por serem práticas, logo foram adotadas por Luis XIV quando o regimento passou pela França. Anos após a Revolução Francesa, a moda da cravate permaneceu, perdendo em bordados e babados e ganhando em sobriedade, característica mais adequada aos dândis londrinos. Desde então, a gravata virou símbolo de masculinidade e poder.
Outro objeto de análise é um artefato prosaico – o bom e velho garfo. Seus primeiros registros datam do fim do século XV, quando a corte de D. Manuel I já se servia à mesa com eles. O garfo, no entanto, só veio a se popularizar entre a aristocracia e a burguesia da corte de D. João III, em 1836, época em que o talher já tinha a quarta haste. O programa demonstra que o garfo com quatro dentes foi uma grande inovação encomendada pelo Rei Fernando II, das duas Sicílias, no século XVII, já que ele não gostava da forma como o espaguete escorregava entre os três dentes do garfo.
Entre outras curiosidades, Grande História e Pequenas Coisas conta ainda a invenção do botão, repudiado tanto por parte das mulheres quanto pelos homens ao se popularizar na Idade Média, época em que as roupas eram costuradas no corpo e era preciso descosturar o vestido para tirá-las. A praticidade dos botões significava, assim, grande despudor, e eles tiveram de conviver com esse estigma por um longo tempo até se tornarem indispensáveis.
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