Estudo mostra que copos descartáveis reduzem mais o consumo de água que copos de vidro

 

  • Elaborado pela  ACV Brasil e conduzido em ambiente corporativo, levantamento aponta resultado favorável ao uso de copos plásticos em relação aos copos reutilizáveis
  • Enquanto descartáveis usaram 26ml de água em todo o seu ciclo, os copos reutilizáveis usaram 232ml apenas na lavagem mecânica

 

A ACV Brasil, consultoria que visa estimular e facilitar a integração de ferramentas de gestão socioeconômica-ambiental, acaba de publicar  o estudo de Avaliação do Ciclo de Vida Comparativa entre Copos Descartáveis e Reutilizáveis que revela resultado que contradiz o senso comum. O levantamento aponta que copos de plásticos apresentam melhor performance no uso de água e energia. "O estudo foi conduzido dentro de ambiente corporativo. A ideia era ter a percepção do gasto de água e energia dentro de uma empresa com grande movimento de pessoas usando cada uma das opções, descartáveis e reutilizáveis", explica Felipe Lion Motta, engenheiro ambiental sócio-gerente da consultoria ACV Brasil.

Para entender como foi feito o estudo Felipe explica que foi preciso eleger uma unidade funcional (UF), ou seja, base de observação: foram disponibilizados 25 mil litros de água para servir 125 mil doses de 200ml cada, para 100 pessoas. Ainda foram utilizados 62.500 copos descartáveis, utilizados duas vezes antes de ser dispensado, e 100 copos reutilizáveis, também utilizados duas vezes antes da lavagem (625 lavagens cada). No quesito uso de água, o estudo aponta que os copos descartáveis usaram, desde sua produção até seu descarte e reciclagem 26ml contra 232ml dos copos reutilizáveis lavados mecanicamente. Se contarmos a lavagem manual esse número sobe para 1.200ml. Já em relação ao gasto energético, o uso novamente do copo descartável em todo o seu ciclo de vida usa 6,66 wh /copo contra 16,01wh /copo reutilizável em lavagem mecânica.

O estudo ainda analisou extração de matéria prima, transformação, distribuição, uso e descarte. "Coletados esses dados, eles foram confrontados com modelos de avaliação de impacto ambiental e colocados em situação comparativa. Para as situações em que dados nacionais ou primários não estavam disponíveis, foi utilizada a biblioteca de inventários ecoinvent, sempre adaptando, quando possível, questões como a matriz energética, os transportes e o cenário de resíduos", esclarece o engenheiro.

Para que o resultado fosse mostrado com a máxima precisão e isenção, o  material foi submetido a um processo de revisão e análise crítica pela consultoria KPMG, com o objetivo de garantir a solidez do estudo e a validade dos resultados, em acordo com as normas NBR ISO 14.044, que regula padrões aceitáveis de Gestão Ambiental – Avaliação de Ciclo de Vida.

Segundo Felipe Motta, "esse resultado oferece duas conclusões importantes: finalmente essa questão conta com dados cientificamente verificáveis, desconstruindo de forma definitiva apelos ambientais sem embasamento, servindo para desmistificar certos conceitos arraigados no senso comum". Para ele, diante do cenário de crise hídrica e energética que a região Sudeste atravessa, o resultado também toma proporção de destaque, já que  representa importante contribuição ao meio ambiente e à preservação de recursos.

 

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