Contracultura, arquitetura e o cérebro humano são destaques no segundo dia da Flip 2016


 

A obra da homenageada Ana Cristina Cesar ecoou com tônica especial na produção lírica nacional dos anos 1990. Contando com três poetas contemporâneas, a paulistana Annita Costa Malufe e as cariocas Laura Liuzzi e Marília Garcia, a mesa "A teus pés" inseriu esse espaço literário na discussão. Ao abrir a quinta-feira na Tenda dos Autores, o trio abordou o feminino na escrita e os estereótipos muitas vezes associados a ele. Lado a lado, as escritoras leram seus poemas e delinearam a importância da autora homenageada para a atual geração de autores.

Na mesa "Cidades refletidas", foi lançado um convite para pensar a experiência urbana com os arquitetos Francesco Careri e Lúcia Leitão. A ensaísta pontuou que é preciso atuar na cidade em busca de humanidade. "Nós não habitamos porque construímos, construímos porque habitamos – acho que é Heidegger quem diz isso, é tempo de resgatarmos a ideia", disse ela. O italiano Francesco Careri mencionou amnésias urbanas – lugares, segundo ele, apagados de nossos mapas mentais. O papel social das cidades, além do exercício da caminhada, também foi debatido na mesa.

Jornalistas de destaque,o brasileiro Caco Barcellos e o britânico Misha Glenny se reuniram na Tenda dos Autores para abordar o tráfico de drogas. A dupla reviveu o processo de reportagem para livros sobre o tema – respectivamente, Abusado: o dono do Morro Santa Marta e O Dono do Morro, biografia do traficante carioca Nem lançada na Flip. Sob o título"Os olhos da rua", a mesa atravessou temas cruciais como política de combate às drogas, desigualdade social e desafios da prática jornalística nos dias de hoje.

Compartilhando experiências na confecção de narrativas curtas e romances, os escritores Álvaro Enrigue e Marcílio França Castro trouxeram um debate cheio de reviravoltas e toques bem-humorados à Tenda dos Autores.Juntos, refletiram sobre o exercício da escrita e comentaram suas matrizes literárias.

O cérebro humano sob duas perspectivas, a da neurocientista Suzana Herculano-Houzel e a do neurocirurgião Henry Marsh. Os dois dividiram em Paraty descobertas que suas práticas profissionais proporcionaram.Para Suzana, por exemplo, a grande transformação no cérebro humano aconteceu graças à preparação dos alimentos.

Na última mesa da quinta-feira (30) na Flip, o escritor escocês Irvine Welsh, autor de Trainspotting, obra que marcou a contracultura dos anos 1990, falou sobre como decidiu tornar-se um escritor de ficção. Ao lado do agente literário e escritor Bill Clegg, conversou sobre dependência química e mencionou de que maneira o tema serviu como matéria-prima literária.

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