Rádio MEC: Destaques da programação de 1 a 7 de maio de 2011
Segunda-feira (2/5)
Contos no Rádio – 20h (MEC AM)
A Amante Ideal, de João do Rio
O conto narra a conversa de Ernesto, um homem considerado feliz pelos amigos por não ter conhecido o amor. Durante um encontro, falam sobre as mulheres e a amante ideal. A história se desdobra com o depoimento de Júlio Bento, um rapaz que conheceu uma mulher apontada como a amante perfeita. Além de linda, a jovem tinha qualidades incomuns. Era diferente das outras. Não perguntava nada a respeito do amor que Júlio sentia por ela. Não queria saber sobre o seu dia e o cobria de carinho, afeto e amor sincero. Isso deixava os homens curiosos e surpresos. Este conto, segundo o autor, nada mais é que uma sátira com a bigamia de alguns homens, que culpam as mulheres por tal reação.
Sobre o autor:
João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto nasceu no Rio de Janeiro em 1881. Ficou conhecido por seu pseudônimo: João do Rio. Ao lado de Machado de Assis e Lima Barreto, completa a trinca da prosa urbana de melhor qualidade do início do século XX. Esse romancista, que também foi contista, jornalista, dramaturgo, cronista, conferencista e ensaísta, levou a fusão entre reportagem e crônica literária às últimas consequências, sempre inovando a escrita. Sua vida e sua obra se confundem com a cidade, que ele retrata muito bem em seus múltiplos aspectos. Frequentou importantes recepções presidenciais, centros espíritas dos subúrbios, rodas de samba nas favelas cariocas e se misturou à multidão para descrever a rotina da marginalidade da época. Por ser mulato e homossexual enfrentou muitos preconceitos, desafiando os padrões estabelecidos da época.
Roteiro dramatúrgico de Fabiano de Freitas
No elenco: Gerdal dos Santos, Renato Livera, Ana Paula Penna, Joice Marino, Luiz Octavio Moraes, Robson Santos e Laio Jr.
Músicas originais e Seleção Musical: Julio Dain
Sonoplastia Marcelo Santos
Operador de áudio Ademil Reis
Locução de Luciano Gama
Produção de Nely Coelho
Direção e coordenação geral Marília Martins.
Segundas, 20h
Ouvindo Música – 21:30h (MEC AM) – 2 a 6 de maio
Canções de Gil, Chico, Caetano e Djavan (segunda-feira)
O programa faz uma análise de diversos aspectos das músicas dos três compositores. No repertório, canções importantes na história da MPB, como Domingo no Parque, de Gilberto Gil, Menino do Rio, de Caetano Veloso, Meu Caro Amigo, de Chico Buarque e Francis Hime e Maçã, de Djavan, entre outros.
Virgínia Rosa canta Monsueto (terça-feira)
A cantora Virgínia Rosa homenageia o compositor, cantor, instrumentista, pintor e ator, Monsueto também conhecido pelo apelido de Comandante, personagem que interpretou em um programa humorístico na televisão. Foi autor de canções como Mora na filosofia, A fonte secou, e Me deixa em paz, todas relembradas no disco. O CD conta com produção e arranjos de vários músicos, como Celso Fonseca, Swami Jr., Quinteto em Branco e Preto, Jair Oliveira, entre outros.
Sobre o compositor:
Monsueto Campos de Menezes, nasceu no Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1924, no morro do Pinto, tocou como baterista em alguns conjuntos, inclusive no Copacabana Palace. Seu primeiro grande sucesso foi Me Deixa em Paz (com Airton Amorim), gravado em 1952 por Marília Batista. Atuou também em cinema e na televisão, onde interpretava o popular personagem Comandante, na TV Rio. No fim da década de 60 passou a dedicar-se mais à pintura primitivista, participando de exposições e recebendo prêmios. Em 1970 gravou Na Tonga da Mironga do Kabuletê, que marcou o início do êxito da dupla Toquinho e Vinícius de Moraes. Depois de sua morte em 17 de março de 1973, outros cantores e compositores regravaram suas músicas, dando a Monsueto o merecido destaque. Alaíde Costa gravou Me Deixa em Paz, assim como Milton Nascimento no Clube da Esquina. Caetano Veloso gravou Mora na Filosofia no disco Transa, e muitos outros.
Mais sobre arranjo musical (quarta-feira)
Tema recorrente no programa, esta edição trata mais uma vez do assunto Arranjo, por sua infinidade de possibilidades e importância dentro do fazer musical. Várias músicas conhecidas são apresentadas com diferentes releituras.
João Donato (quinta-feira)
Mais um programa dedicado às músicas do compositor João Donato, analisando canções de dois discos do artista: Lugar Comum e Managarroba.
Donato nasceu no Acre, e começou a tocar acordeom e piano na infância. Muda-se para o Rio de Janeiro na década de 40 e no início dos anos 50, atuando profissionalmente na noite carioca, passa a se interessar por jazz e bossa nova tocando na boate Plaza, onde o titular era Johnny Alf. Conhece grandes nomes da MPB como Tom Jobim, João Gilberto, Luiz Bonfá e outros. Em 1959 foi para o México, seguindo para os Estados Unidos, onde morou alguns anos. Excursionou pela Europa com João Gilberto e, de volta ao Brasil, em 1962 onde lançou o disco Muito à Vontade, além, de discos solo e com outros artistas. Algumas de suas composições fizeram muito sucesso, como Amazonas, A Rã e Bananeira, caracterizadas pela originalidade rítmica. Em 1975 apresenta Lugar Comum, com parcerias de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Suas músicas com parceiros diversos foram gravadas por outros intérpretes, como Gal Costa com Flor de Maracujá, Adriana Calcanhotto em Naquela Estação, Ângela Rô Rô interpretando Simples Carinho e, Nana Caymmi em Até Quem Sabe. Muito solicitado também como arranjador, fez orquestrações para Fagner, Gal e Martinho da Vila. Em seguida passou um período sem gravar no Brasil, até que em 1996 veio Coisas Tão Simples, seguido por Café com Pão, com Eloir de Moraes (1997), Só Danço Samba (1999) e os três volumes do Songbook João Donato, lançado pela editora Lumiar. Esses lançamentos trouxeram um dos mais originais compositores brasileiros de volta à cena na década de 90, fazendo shows e turnês pelo Brasil. Em 2000 a gravadora norte-americana Elephant Records lançou o CD Amazonas, incluindo alguns dos maiores sucessos, como Sambolero, Vento no Canavial e Aquarius.
Adriana Calcanhoto e Lenine (sexta-feira)
Análise de diversos aspectos de músicas de Adriana Calcanhoto e Lenine: a mistura de bateria eletrônica com bateria real; a guitarra; o berimbau transformado eletronicamente; o pandeiro; a viola caipira.
Produção e apresentação: Marcelo Guima
Segunda a sexta, 21:30h
Quarta-feira (4/5)
Rádio Mirabilis – 0:30h (MEC FM)
Autodream tales: sonhos sonhados
Você acorda e não lembra o que sonhou, ou lembra, ou inventa. Esta é a porta de entrada para começar a falar desta obra composta em 1996 por Terry Riley sob encomenda da New American Radio.
Riley, um californiano nascido em 1935, ajustando suas influências estéticas entre John Cage e John Coltrane, é hoje reverenciado como o "pai" do minimalismo. Embora seu trabalho não deva estar restrito a este tipo de classificação. Sua obra é inspirada em seus sonhos, composta sob encomenda para rádio: The Autodream Tales, the Hook Letters.
Seleção musical:
Canções da obra The Autodream Tales, the Hook Letters, compostas por Terry Riley e gravadas por ele, reunindo: vocais, saxofones, baixo, bateria, cítara e sons eletrônicos.
Produção e apresentação: Liliam Zaremba
Quartas, 0:30h
Sábado (7/5)
Ecos de uma Era- 21h (MEC AM)
Willie Nelson
O músico e cantor norte-americano, nasceu em 30 de abril de 1933, em Abbot, no Texas, EUA. Em 1950, sua família se mudou para Nashville, onde ele lançou Hello Walls, seu primeiro sucesso. Ilustres artista cantaram suas composições de estilo country. Dentre esses sucessos está a música Crazy, feita para a amiga Patsy Cline e On the Road Again, tema do filme Forrest Gump, uma das músicas mais tocadas no início dos anos 80. O compositor conta com uma discografia com 26 álbuns, dentre eles Shotgun Willie, lançado em 1973, The Winning Hand, em 83, que tinha participações especiais como: Brenda Lee, Dolly Parton e Kris Kristofferson. O mais recente álbum lançado foi Countryman, em 2005. Nesta obra, inova mais uma vez, fundindo pela primeira vez na história da música o estilo country com a sonoridade do reggae.
Produção e apresentação:Pedro Paulo Gil
Sábado, 21h
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