Oi FUTURO APRESENTA “PROFANAÇÕES – O ÊXTASE DOS COMEÇOS”, NOVO ESPETÁCULO DE RUBENS VELLOSO COM PROPOSTA RADICAL DE ENCENAÇÃO

  • Encenação começa no Largo do Machado e segue até o centro cultural no Flamengo, onde ocupará todos os espaços até chegar à sua parte final no Teatro

·         O público será estimulado a enviar conteúdo de celulares, smartphones, tablets e laptops, que será projetado nos espaços do centro cultural

·           Espetáculo foi  desenvolvido  com a participação de pesquisadores da  UnB, da UNIRIO e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

O Oi Futuro apresenta o espetáculo "Profanações – O Êxtase dos Começos" em seu centro cultural no Flamengo, de 15 de agosto a 2 de setembro, de terça-feira a domingo, às 19h30. A encenação é mais uma proposta radical da companhia paulistana, Phila 7, com concepção e direção de Rubens Velloso, responsável por experimentos pioneiros  como "What's Wrong With The World", apresentada no Oi Futuro, em 2008, e "Play On Earth", que acontecia simultaneamente em Londres, Cingapura e São Paulo.

A montagem envolve uma equipe de mais de cem pessoas, inclusive em Brasília e na Paraíba, e foi planejada para contar com a participação do público. "Profanações" começará no Largo do Machado, perto do centro cultural do Flamengo, com uma performance de dois atores inspirada em Samuel Beckett. Em seguida, o público será guiado para o Oi Futuro, em um passeio poético com a presença de um "homem banda". Na entrada, um dos atores dialogará com um trecho do filme "Nostalgia", de Andrei Tarkovski, que  será apresentado em um telão. Já dentro do centro cultural, a ação ocupará todos os espaços do prédio, inclusive as galerias de artes visuais. Mais de 2 mil imagens, desde pinturas rupestres até imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble, passando por cenas de filmes, serão projetadas nos degraus, pilastras, paredes e chão. Rubens Velloso descreve a subida pela escada como um caminho "rumo a uma inteligência coletiva e compartilhada". A  ambição do diretor é desconstruir os papéis de ator e público,  tradicionalmente em oposição. "No lugar da dramaturgia clássica, o que eu proponho é uma 'tramaturgia', sem drama, nem trauma", defende o diretor.

"Mesmo não chamando mais o que faz de teatro, Rubens Velloso tem sido uma figura-chave na discussão a respeito do que podem ser as artes cênicas neste nosso século. O diretor é movido à inquietação e tem uma trajetória artística marcada pela investigação, cada vez mais radicalizada, sobre o rompimento dos limites dos conceitos balizadores da encenação. Espaço, tempo e presença física vêm sendo relativizados nas mais recentes montagens de sua Cia. Phila 7", explica Roberto Guimarães, curador de teatro do Oi Futuro.

 A Phila 7 aponta como um dos aspectos mais relevantes deste projeto a "instrumentação estética que transforma o espectador num participante ativo". Por isso,
 "Profanações" abre um diálogo com o público através da internet. Durante o espetáculo, a plateia será convocada a usar seus celulares, smartphones, tablets e laptops para interagir com os atores, enviando mensagens que serão projetadas nos espaços do Oi Futuro, modificando cada apresentação. Espectadores que assistirem às transmissões ao vivo pelo site www.profana.art.br também poderão enviar textos, sons e imagens. 
 

Imagens também serão mandadas para o Oi Futuro pelo Centro de Pesquisa Tecnológica e Arte Computacional, o Midialab, da Universidade de Brasília (UnB), sob o comando da Prof. Dra. Suzete Venturelli, artista visual e pesquisadora nas áreas da arte computacional e design, que criou o Laboratório de Imagem e Som, em 1989. Para garantir o fluxo de todo esse conteúdo enviado em tempo real, uma parceria com a Rede Nacional de Pesquisa e Ensino foi firmada. Além disso, os atores contracenarão com um grupo de artistas do Centro de Performance e Artes Cênicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com apoio do Centro de Pesquisa de Imagem LAVID, a cargo de José Tonezzi, por meio de um telão que dividirá a mesa do banquete que está na terceira e última parte do espetáculo.  A peça também tem a participação do Grupo de Pesquisa Dramaturgia e Cena, Gêneros e Linguagens, da UNIRIO, e do Coletivo Bijari, responsável pela concepção videográfica e cenográfica.

 "É com grande satisfação que o Oi Futuro apresenta o mais novo experimento cênico-digital de Rubens Velloso e sua Cia. Phila 7. Retomamos a parceria para essa encenação, desenvolvida de forma coletiva com os membros de sua companhia, artistas e convidados, além de três importantes universidades brasileiras", declara Maria Arlete Gonçalves, diretora de Cultura do Oi Futuro.

 "Profanações" pela Cia. Phila 7  

 "Desde a sua formação, a Cia.Phila7 vem lançando um olhar para a construção de novas linguagens, aliadas às estéticas já estabelecidas, e às possibilidades formadas pelo aumento da velocidade na circulação da informação. A presença do performer ao vivo e em imagem, conectado a outros espaços, levou à compreensão de que a imagem e a presença formam um continuum em dois estados diferentes. A partir daí, surgiu a necessidade de um espaço que começasse a se transformar num signo desta ideia, isto é, um espaço com muitos espaços. Se nós podemos, de formas distintas nos multiplicarmos em várias redes, personas e formatos: Qual ética é necessária para esta estética? Quais as responsabilidades deste indivíduo múltiplo? Profanações é este o passo além, com uma tramaturgia específica para esta linguagem, uma ideia artística construída com/por/entre coletivos numa mesma montagem, permitindo assim, para além de uma troca, uma realização cultural e artística conjunta.

Teatralidades, performances, imagéticas, espaços conectados, se constituirão numa superfície de eventos, articulada poeticamente, levando os seus realizadores e o público a um mesmo estado de singularidade que permita desativar as normas estabelecidas e, numa volta às origens, propor um novo olhar para a condição humana.

O gesto da profanação envolve a posição democrática do 'uso'. Com isso, ele demonstra a verdade do seu método: profanar é falar do lixo, do resto, do banal, do que se tem como menor, do que dá vergonha e, todavia, mostrar seus profundos veios metafísicos e políticos, cujo conhecimento é o tom exato do seu significado. Profanar é romper com o mero gosto em cuja vigência a sociedade impede a expressão. É a profanação da linguagem que cria a literatura, a profanação da forma que cria a arte, a profanação da moral que cria a ética.

É preciso repensar na sua totalidade não apenas a relação entre potência e ato, entre o possível e o real, mas também considerar de modo novo, o estatuto do ato de criação e da obra de arte. É, porem, toda a compreensão do ser vivo que deve ser posta em cheque. A luta pela ética não é a luta pelo cumprimento da norma existente, nem pela realização desta ou daquela essência humana, deste ou daquele destino, desta ou daquela vocação histórica ou espiritual. Embora não se trate de negar que o ser humano tenha uma tarefa a realizar, a luta pela ética é a luta pela liberdade, ou seja, luta para que possamos experimentar nossa própria existência como possibilidade ou potência, 'potência de ser e de não ser'".

 Ficha Técnica

 Patrocínio: Oi através da Lei de Incentivo à Cultura, Secretaria da Cultura, Governo do Rio de Janeiro.

Realização: Phila7 e Bonito & Compri

Concepção e direção: Rubens Velloso

Concepção videográfica, cenografia e videomapping: Coletivo BiJari  

Tramaturgia e performance: Beto Matos e Marcos Azevedo

Concepção de luz: Mirella Brandi 

Assistente de direção: Paloma Oliveira

Direção de produção: Marisa Riccitelli Sant'ana

Produção executiva: Isabela Ferreira

Performers Rio de Janeiro: Marcos Azevedo, Beto Matos, Vanessa Soares, Jéssica Fellipe, Angela B Morelli, Raquel Gaio, Carolina Ramos, Sara Panamby, Filipe Espindola, Raíssa Vitral, Carolina Carelli, Bruno Kury, Jardel Augusto Lemos

Perfomers João Pessoa: Flávio Lira, Kassandra Brandão, Nilton Santos, Nyka Barros, Sávio Farias e Angélica Lemos

 

Colaboradores:

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB

Prof. Dr. José Tonezzi

Núcleo Cena e Contágio - Grupo de Pesquisa Teatro: Tradição e Contemporaneidade
Departamento de Artes Cênicas – DECEN

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes – CCHLA


Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital – LAVID

Departamento de Informática – DI


UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB

Profa. Dra. Suzete Venturelli

MídiaLab Laboratório de Pesquisa em Arte e Realidade Virtual

Departamento de Artes Visuais - Instituto de Artes

Universidade de Brasília - UnB


UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO

Profa. Dra. Ana Maria de Bulhões-Carvalho

Grupo de Pesquisa Dramaturgia e Cena, Gêneros e Linguagens

Departamento de Teoria do Teatro

 

Apoio: Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNP)

 

Serviço:

De 15 de agosto a 02 de setembro de 2012 – terça a domingo às 19h30

Oi Futuro

Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo,  Rio de Janeiro 

Fones: (21) 3131 3060 e 3131 3070

Funcionamento da Bilheteria:

De terça a sexta, das 14h às 20h.

Sábados, domingos e feriados, das 13h às 20h.

Ingresso: R$ 20,00 | classificação etária: 12 anos

Duração: 75 minutos

AVISO

Os ingressos podem ser comprados antecipadamente ou na hora do espetáculo, se houver disponibilidade. O espetáculo começa no Largo do Machado. Enquanto a peça estiver na área externa, aqueles que não tiverem ingresso poderão adquiri-lo. Não há limite de espectadores na área externa. A entrada no centro cultural é limitada à mesma capacidade do Teatro (84 pessoas), onde acontece a última parte da peça.

O ingresso dá direito a uma pulseira de acesso ao Teatro.

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