Rockefeller, Vanderbilt, Ford e Morgan são alguns dos Gigantes da Indústria em destaque da nova série do HISTORY
Programa traz, por meio de dramatização e imagens inéditas de época, as incríveis histórias de americanos ambiciosos e batalhadores que ajudaram a construir uma potência mundial
Há quem diga que os Estados Unidos não foram descobertos, mas construídos. Cornelius Vanderbilt, John D. Rockefeller, Andrew Carnegie, J.P. Morgan e Henry Ford são alguns dos nomes de homens que remetem automaticamente à inovação, audácia e à busca pelo sonho americano. Eles construíram impérios, impulsionaram avanços incríveis em tecnologia e mudaram o mundo. Visionário, criaram uma nação moderna e são celebrados no país até hoje, nomeando ruas, edifícios e institutos. Gigantes da Indústria, série que o HISTORY estreia no dia 26/5, domingo, às 22h, conta a trajetória e o legado desses ousados homens, contextualizando sua importância para os Estados Unidos, e do mundo.
Usando arte gráfica computadorizada que incorpora 12 milhões de negativos históricos – muitos deles liberados pela primeira vez pela Biblioteca do Congresso americano – a série traz de volta à vida o mundo que estes homens conheceram e o cenário moderno que ajudaram a criar. Ao longo dos quatro episódios, com duas horas de duração cada, o HISTORY demonstra como eles partiram de uma experiência problemática com a chamada democracia e criaram a maior potência mundial. Foram estes eventos em curto prazo de 50 anos que fizeram os EUA que se conhece hoje.
Gigantes da Indústria apresenta a história do impressionante crescimento da economia e sociedade americanas e destes cinco homens: Vanderbilt (um dos primeiros a acreditar que trens podiam impulsionar o transporte), Carnegie (criador da potente indústria de aço que possibilitou levantar tantos prédios em tempo recorde), Rockefeller (criador do método de refinar petróleo, padrão em todo o mundo), Morgan (banqueiro a dar o primeiro passo para o sistema financeiro moderno) e Ford (cujas fábricas produziram os primeiros automóveis acessíveis às massas). Foi seu trabalho e influência que estabeleceram políticas económicas e promoveram intervenções em fatos históricos como a Guerra de Secessão, a Primeira Guerra Mundial e a Grande Depressão dos anos 1930.
Além das dramatizações, o programa traz entrevistas exclusivas com gigantes empresariais da atualidade, como Steve Case, Mark Cuban, Donny Deutsch, Carly Fiorina, Alan Greenspan, Dick Parsons, Ron Perelman, T. Boone Pickens, Charles Schwab, Jack Welch e Steve Wozniak, que também se miram na história desses homens audaciosos.
No episódio de estreia, em uma cruzada para reconstruir uma nação destruída pela Guerra de Secessão, Cornelius Vanderbilt é o primeiro a ver a necessidade de união e assim recuperar sua posição no mundo. Ele vende sua empresa de transporte para investir tudo nos em vias ferroviárias, certo de que era a melhor estratégia para conectar o leste ao oeste dos Estados Unidos, como nunca antes havia sido feito. Nesse mesmo período, o querosene ilumina as noites do país, a demanda de petróleo alcança seu pico e Vanderbilt contata um jovem petroleiro empreendedor de Ohio, John Rockefeller, para desenvolver um bom combustível para seus trens.
Um pouco da história dos homens que mudaram os Estados Unidos:
Andrew Carnegie: Do alto de seu 1,60m de altura, Andrew Carnegie foi, sem dúvida, um dos grandes homens da história norte-americana. Nascido na Escócia, emigrou ainda criança para os EUA, onde trabalhou duro desde os 13 anos, chegando a cumprir uma jornada de 12 horas diárias como aprendiz de tecelão na Pensilvânia, ganhado apenas 1 dólar por semana. Trabalhou também como telegrafista e era incansável em seu aperfeiçoamento intelectual, sempre lendo muito e tentando perder seu sotaque escocês.
Aos 17, ingressou na empresa de estradas de ferro Pennsylvania Railroad e aos 24, já era superintendente. Ambicioso, resolveu abrir suas próprias empresas - a Companhia de Aço Carnegie e a Keystone Bridge Works, responsável pela construção da primeira ponte de ferro de Ohio. Em seguida, investiu no processo Bessemer de fabricação de aço e conseguiu o monopólio da indústria metalúrgica de Pittsburgh. No fim do século XIX, Carnegie ditava os preços do aço para a construção de vagões de trens e para o mercado imobiliário criado pelas rotas ferroviárias. Já muito bem estabelecido, vendeu sua empresa siderúrgica por 480 milhões de dólares para o banqueiro J.P.Morgan e se tornou um dos homens mais ricos do mundo.
John Pierpoint Morgan: Nascido e criado em Connecticut, J.P.Morgan teve acesso à educação formal graças à inciativa de seu pai, graduando-se pela English High School of Boston, onde se especializou em matemática, a fim de trabalhar na área do comércio. Também aprendeu francês na Suíça e alemão na Univerdade de Göttigen na Alemanha.
Começou sua trajetória profissional em Nova York, em 1958, e passou por alguns bancos para se tornar agente da firma de seu pai, a J. Pierpoint Morgan & Company. Em 1871, partiu em voo solo e abriu sua própria empresa em parceria com Anthony Joseph Drexel e, após a morte do sócio, firmou-se como um dos grandes nomes do sistema financeiro americano a frente de seu banco, o J.P.Morgan & Company. Arrojado e com uma visão moderna do mundo, foi um dos grandes financistas do Período Progressista (momento de prosperidade americana entre 1890 e 1920). Foi ele o grande responsável pela fusão da Edison General Electric e da Thomson Houston Electric Company. Criou ainda a Federal Steel Company, a qual fundiu com a Carnegie Steel Company e outras empresas de ferro e aço para criar a Consolidated Steel and Wire Company.
Henry Ford: Nascido em um fazendo próxima a Detroit (cidade que mais tarde se tornaria a meca de indústrias automobilísticas), Henry Ford deu início a sua paixão pelas máquinas ao pensar que poderia diminuir o trabalho braçal em propriedades rurais por meio de inovações tecnológicas. Pensando nisso, e não vendo motivos para ficar na fazenda que herdaria de seu pai após a morte de sua mãe, partiu para a cidade grande aos 15 anos, onde começou consertando relógios. Depois, como mecânico, construiu seu primeiro motor a gasolina e no fim do século XIX, fez o protótipo de seu primeiro veículo a que chamou quadriciclo.
Apostando alto, abriu a Detroit Automobile Company, empresa que fechou as portas devido a discordâncias entre diretores sobre a produção em massa. Persistiu, porém, e criou um excelente carro de corrida com seu projetista Harold Willis. Com o sucesso, aos 40 anos investiu 28 mil dólares na Ford Motor Company e abriu a empresa com outros 11 investidores, em 1903. Primeiro empresário a aplicar a montagem em série de automóveis de baixo custo, estilo conhecido como fordismo, também revolucionou os transportes e a indústria com seu modelo Ford T. Era defensor do "capitalismo do bem-estar social" e em sua fábrica implantou o programa de cinco dólares por dia e redução de horas de trabalho - de nove para oito diárias, cinco dias por semana.
Cornelius Vanderbilt: Conhecido como "O Comodoro", por ter construído sua fortuna a partir do trabalho com a marinha mercante, Cornelius Vanderbilt era tataraneto de um holandês originário da cidade de De Bilt (daí seu nome), que emigrou para Nova York como trabalhador temporário. Aos 11 anos começou a trabalhar nas balsas da cidade e aos 16, já tinha seu próprio negócio e transportava carga e passageiros de Staten Island a Manhattan. Mais tarde, começou a operar escunas para levar suprimentos durante a Guerra de 1812. Seis anos depois, furou o monopólio garantido pelo governo a Fulton e Livingston e passou a operar barcos a vapor. Em 1829, tinha uma frota de 100 embarcações navegando o rio Hudson e podia se gabar de ser o empresário com o maior número de funcionários em todo o país. Em 1860, decidiu investir em ferrovias, também em Nova York, e garantiu seu sucesso oferecendo bons serviços a tarifas baixas. Depois de apenas cinco anos no negócio, conseguiu faturar US$ 25 milhões.
John Davison Rockefeller: Bom filho e religioso, Rockefeller conseguiu seu primeiro emprego aos 16 anos como assistente de escriturário e desde essa fase guardava 6% de seus ganhos para contribuir com ações filantrópicas de sua igreja, subindo o valor para 10% aos vinte anos. Previdente e caridoso, conservou essas características até o fim de seus dias, sempre contribuindo com obras sociais. Foi um dos homens mais ricos de todos os tempos e o primeiro bilionário da história.
Sua primeira atividade verdadeiramente lucrativa foi no ramo de atacado de alimentos ao lado do sócio Maurice B. Clark e, mais tarde, em 1863, também com o parceiro, decidiu investir numa refinaria de petróleo ao perceber que a população já não conseguia acompanhar os preços praticados com o óleo de baleia e precisava de um combustível bom e barato para acender as lamparinas. Cinco anos depois, ao lado de sócios e reinvestindo os lucros, Rockfeller estava à frente da maior refinaria de petróleo do mundo. Em 1870, ao fim da Guerra Civil Americana, fundava a Standard Oil, empresa com a qual conseguiu o monopólio quase que absoluto do segmento, a qual, anos mais tarde, foi desmembrada pelo governo americano que impunha leis antitruste.
Gigantes da Indústria - estreia no dia 26/5, domingo, às 22h,
Exclusivamente por HISTORY
Comentários