Episódio inédito da série Galáxias – Olhares sobre o Brasil aborda o País no mundo


Personalidades de diferentes áreas abordam o tema no dia 11/11, quarta, às 21h, no SescTV



Eduardo Viveiros de Castro. Foto: Divulgação.

 

A série Galáxias – Olhares sobre o Brasil apresenta o episódio O Brasil no Mundo, que reflete sobre as repercussões das ideias e identidades brasileiras no mundo contemporâneo.  Com direção de Isa GrinspumFerraz, a produção vai ao ar no dia 11/11, quarta, às 21h, no SescTV. A série é uma parceria entre o canal e o Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB), que, além de conceber o programa em termos acadêmicos, disponibilizou o acervo para pesquisas e imagens de obras de arte.

O antropólogo e ensaísta Antonio Risério fala sobre o padrão da globalização imposta pelos Estados Unidos e a necessidade de um país de ter sua própria cultura, e por meio dela, seus projetos. Ele também comenta sobre imigrantes, como os turcos que vivem em Berlim, na Alemanha, e não perdem suas identidades. "Então você vai criando nações dentro de uma região, em vez de criar um país", diz. Segundo ele, o mesmo não acontece no Brasil. "Você não tem nações aqui dentro, todo mundo é brasileiro".

O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro questiona o porque de o País ter que ser uma grande potência e não apenas um território onde as pessoas vivam felizes ao seu modo, sem atrapalhar a vida dos outros países. "Eu adoraria que o Brasil fosse um país rico, com importância cultural no mundo grande", expõe, mas confessa que não desejaria ao País o destino de grande potência mundial, e explica o motivo. "Eu não gostaria que o Brasil se tornasse alvo desse ódio que países como os Estados Unidos despertam no Oriente Médio e já despertou no próprio Brasil".

O dirigente do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, Jaime Amorim, acredita na construção de um Brasil mais solidário, sem que este veja o mundo apenas como um mercado de negociações. O líder indígena Ailton Krenak articula sobre as fronteiras nacionais, que, para ele, tem significado quando o assunto é políticas públicas e gestão de território.

Sobre as mudanças no momento, o filósofo e ensaísta Francisco Bosco pensa que o Brasil ainda sofre as consequências de formação desde a colônia. O rapper Emicida também compartilha dessa opinião ao dizer que os artistas brasileiros são mais valorizados quando recebem elogios da crítica estrangeira. Atitude esta qu para ele, é colonizada. Para o rapper, essa maneira de agir do brasileiro atrasa o crescimento do País.

O episódio ainda aborda a contribuição que o Brasil pode dar às outras nações. "O País pode desenvolver uma cultura e economia da suficiência, ao contrário da cultura do lucro capitalista, de origem no excesso de trabalho", afirma Viveiros.

Entrevistados: Francisco Bosco (filósofo e ensaísta), Antonio Risério (antropólogo e ensaísta), Mário Magalhães (jornalista), Eduardo Viveiros de Castro (antropólogo), Jaime Amorim (dirigente MST), Moacir dos Anjos (curador e crítico de arte), Jessé de Souza (sociólogo), Emicida (rapper), Ailton Krenak (líder indígena), Paulo Mendes da Rocha (arquiteto e urbanista), José Miguel Wisnik (músico, compositor e ensaísta).

 

Sobre a série Galáxias – Olhares sobre o Brasil

Galáxias debate diversos assuntos, como meio ambiente, movimentos sociais e diversidade nacional. Para discutir os temas, foram convidadas 15 personalidades. São acadêmicos, pensadores, cientistas, escritores e artistas, como o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro; o músico, compositor e ensaísta José Miguel Wisnik, o rapper Emicida, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, a geneticista Mayana Zatz e o antropólogo e ensaísta Antonio Risério. Todas as quartas-feiras, às 21h, a série exibe um novo episódio, totalizando 12, com 26' cada, permeados com fotos do coletivo Mídia Ninja, vídeos de Cao Guimarães e trilha sonora do DJ Dolores.

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