Coordenadora Pedagógica do Ibmec/RJ avalia o comportamento de jovens que usam os celulares apenas para envio de mensagem

 

Hoje em dia, em que há urgência nos afazeres diários, há um número cada vez maior de jovens que usam os aparelhos celulares apenas para enviar mensagem ao invés de fazer ligações telefônicas. Clarice Dahis, coordenadora pedagógica do Ibmec/RJ tem grande experiência com esse público e avalia como esse tipo de mudança se reflete no comportamento diário dos estudantes.

 

Segundo Clarice Dahis, "o maior risco é o jovem se esconder atrás de um personagem, sem mostrar sua essência, além disso, a linguagem fica empobrecida, há maior dificuldade na interpretação de texto e o desenvolvimento do pensamento pode se tornar superficial".

 

A popularidade de um jovem é medida hoje pelo número de curtidas que ele tem numa foto. "Quem está sempre conectado é tido como o mais popular", acrescenta Clarice.

 

A vida agitada traz também dificuldade de concentração. O escritor Daniel Coleman cita no livro "Foco" que o benefício de ficar focado por muito tempo leva ao sucesso e que durante a leitura de um texto, o indivíduo normalmente fica distraído em 40% do tempo.   Mas foco e atenção são habilidades treináveis.

 

Muitos jovens hoje estão deixando o Facebook de lado porque muitos pais e mães também estão na rede social. Alguns estão migrando para o Twitter e também para o Instagram.

 

Mas Clarice Dahis também aponta benefícios no uso das mensagens de texto, desde que seja de maneira comedida: "há economia na conta telefônica, aumento no círculo de amizades, a facilidade de falar com as pessoas que estão longe (geograficamente falando) e também a possibilidade de falar em grupos fechados".

 

Tudo o que é em excesso é prejudicial. Desde que o jovem não use as mensagens durante uma aula na escola ou faculdade, numa festa onde estará com os amigos e nem dirigindo carro por conta do risco de acidente, o celular traz muitos benefícios e facilita a vida de todos.