SescTV exibe curtas-metragens sobre modos de vida em Cuba

Os filmes estreiam em episódio inédito da série CurtaDoc, dia 09/09, terça, às 21h 

  
SescTV apresenta, dia 09/09, terça, às 21h, curtas-metragens realizados em Cuba, que expõem diferentes modos de vida no país. As produções integram o episódio inédito Vidas de Cuba, da temporada Latino-americana, da série CurtaDoc, dirigida por Kátia Klock e produzida pela Contraponto. São elas: El Sueño de Rodolfo, direção de Barbara Rudwanska, Bárbara Alves e Cristina Ceballos, 8'15", 2013; El Mundo de Raul, de Jessica Rodriguez e Zoe Miranda, 22'26", 2010; Los Blancos, de Leo Ayres, 8'48", 2009; e Asepsia, de Gustavo Vinagre, 5'58", 2010. O sonoplasta catarinense Leonardo Gomes comenta os filmes. 

O curta El Sueño de Rodolfo mostra um compositor que vive em um pequeno povoado de Cuba, perdeu a visão aos 16 anos de idade, sofre de hemangioma, pequenos tumores benignos, e utiliza a música como ferramenta para se comunicar com as pessoas. Gomes diz que Rodolfo é "um dos grandes valores de um lugar como este" e que "em outra localidade do mundo não teria essa inclusão". 

O documentário El Mundo de Raúl narra a história de Raúl, 46 anos, tranquilo, trabalhador e que também cuida da mãe doente. Apesar de gostar de frequentar festas e parques, ele é solitário e tímido e guarda um segredo. "Raúl é extremamente lúcido falando dele próprio e destemido", articula o sonoplasta. 

O filme Los Blancos é sobre a família Blanco, que vive há 50 anos na mesma casa, na Rua Primeiro de Maio, 26, em Pinar del Rio, Cuba. Gomes acredita que o estilo de vida da família, quase todos morando juntos, tem relação com a situação do país, que possui uma perspectiva paternalista, onde o grande pai dá segurança a todos e, ao mesmo tempo, exclui os desejos de ter e de consumir do ser humano.   

Já o curta Asepsia mostra o cotidiano de Marta, que vive em uma pequena vila em Cuba, onde não se cansa de fazer o trajeto do varal para o fogão e vice-versa. Porém, com a chegada de uma equipe de cinema se descobre que nem tudo é o que parece ser. Para o sonoplasta, a produção é um autorretrato espontâneo do diretor Gustavo Vinagre, que queria mostrar o vazio da vida de Marta e acabou buscando um aprendizado.