Antonio Adolfo é destaque em duas atrações no SescTV

  
Documentário e show com o pianista estreiam dia 19/10, domingo, a partir das 21h 
  
  
  

  Foto: Adi Leite.

Autor das canções Sá Marina e BR3 e precursor da música independente no Brasil, o pianista, arranjador e produtor Antonio Adolfo fala sobre sua carreira e repertório musical em documentário da série Passagem de Som; e mostra composições gravadas em seu álbum Mistura Fina, que mescla jazz e música brasileiraem show da série Instrumental Sesc Brasil. Inéditos, os programas têm direção para TV de Max Alvim e Carlos Zen, e vão ar ao no SescTV dia 19/10, domingo, a partir das 21h. 
  
No episódio do Passagem de Som, Antonio Adolfo conversa com o músico e ator Arrigo Barnabé sobre seu primeiro disco independente, Feito em Casa(1977). Antes desse álbum, o pianista já havia integrado o grupo Brazuca, e a composição BR3, que ele fez em parceira com Tibério Gaspar, foi vencedora do 5º Festival Internacional da Canção de 1970, com interpretação de Toni Tornado. "Eu não queria mais compromisso nenhum com o sucesso. Juntei os músicos e gravei. Eu tive que ser um pouco de tudo. Aliás, quem me deu muita dica foi o Tim Maia", conta Adolfo. Na época, o pianista fazia arranjos e produção para Ângela Rô Rô, Chico Buarque, Elis Regina, entre outros. 
  
Com a jornalista e musicóloga Maria Luíza Kfouri, Adolfo fala sobre o início de sua carreira. Ele teve aulas durante um ano com Nádia Boulanger (1887-1979), relevante pianista e compositora francesa e, com apenas 17 anos de idade, foi convidado para tocar com nomes como Carlos Lyra, Leny Andrade e Raul de Souza. Desde então só teve alegrias, como a canção Sá Marina, de 1968, que ele escreveu em parceria com Tibério Gaspar. 
  
Sucesso no Brasil, na voz de Wilson Simonal, a composição ganhou versão no exterior, em inglês, Pretty World, sendo gravada pelo brasileiro Sérgio Mendes, em 1969, e, depois, pelo norte-americano Stevie Wonder, em 1970. Naquele ano, com o Brasil em plena ditatura militar, Toni Tornado precisou deixar o país porque a canção BR3 foi acusada de criticar o governo e fazer apologia às drogas. "Foi nessa hora que eu saí um pouco e resolvi estudar música com outros professores também. Fui para os Estados Unidos primeiro, depois fui para a França", recorda Adolfo. 
  
O documentário mostra trechos do ensaio do show com o pianista, para a série Instrumental Sesc Brasil, que o canal exibe na sequência. No espetáculo, Antonio Adolfo (piano) divide o palco com Leo Amuedo (guitarra); Jorge Heder (baixo); Marcelo Martins (sax e flauta); e Rafael Barata (baterista). Eles executam músicas do álbum Finas Misturas, com clássicos de nomes do jazz repaginados com ritmos brasileiros. Dentre eles estão: Giant Steps (John Coltrane), com arranjo de forró; Com Alma (Dizzy Gillespie); e Memories of Tomorrow (Keith Jarrett). Composições do pianista e de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Chico Buarque também são contempladas, além de Sá Marina
  

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