SescTV apresenta documentários inéditos da série Videobrasil na TV
Os oito episódios mostram o pensamento e o processo de trabalho de artistas contemporâneos nacionais e internacionais
Episódio Histórico. Foto: Divulgação.
Explorando a multiplicidade da linguagem audiovisual, o SescTV estreia, dia 13/10, segunda, às 23h, oito documentários inéditos da série Videobrasil na TV, com o título Videobrasil Coleção de Autores, sobre o pensamento e o processo de criação de artistas contemporâneos, que se destacam no Brasil e no exterior.
Concebidos e produzidos pela Associação Cultural Videobrasil em parceria com o Sesc São Paulo, os episódios são assinados por diretores convidados, que inserem em seus trabalhos características próprias. "Essa temporada nasceu a partir da perspectiva de produzir uma série de documentários sobre artistas", conta a presidente e curadora do Videobrasil, Solange Farkas.
O primeiro programa a ser exibido, Histórico, tem direção de Jasmin Pinho e traça um panorama dos artistas contemplados nos oito episódios da nova fase. Entre eles estão: o sul-africano William Kentridge; o libanês Akram Zaatari; a cubana Coco Fusco; e os brasileiros Rafael França, Chelpa Ferro e Mau Wal (Maurício Dias e Walter Riedweg).
Alex Gabassi, diretor do documentário sobre o sul-africano, lembra o encontro com o artista. "A medida que eu fui conhecendo Kentridge, eu vi o quanto o aspecto político está inserido em sua obra constantemente. Com o tempo, eu fui vendo que ele era parte integrante da sociedade sul-africana", revela.
Fabiana Werneck Barcinski, que dirige o programa sobre Rafael França, foi em busca de pessoas próximas ao artista, morto em 1991, para resgatar a história e a obra do artista. "Ele era curioso e queria entender as novas técnicas, mas, ao mesmo tempo, refletir sobre o momento que ele vivia", expõe a artista plástica e arte-educadora Regina Silveira.
Marco Del Fiol, diretor - em parceria com Fabiana - do episódio sobre a dupla Mau Wal, recorda seu primeiro encontro com Maurício e Walter na feira de camelô, no Largo da Concordia, capital paulista, onde a dupla fazia um trabalho. "Nosso atelier é a rua. As ideias saem quando a gente está em um lugar e acha uma situação interessante. Começamos a debater quais aspectos podem ser interessantes para ser abordados no trabalho" explica Maurício.
Akram Zaatari, documentado por Alex Gabassi, é definido por Solange Farkas como um artista capaz de entender a produção artística do oriente médio. Ela conta que ele "tem um trabalho também extremamente político, ligado à uma questão de identidade, porque ele vem de um país de conflitos históricos".
Ao falar de Coco Fusco, Wagner Morales, diretor do episódio que aborda a artista ativista, diz que ela faz uso da realidade para construir uma ficção. "Umas das razões de me valer da ficção é para dialogar também com o trabalho da Coco", afirma. Já Carlos Neder, que dirige o programa sobre o coletivo Chelpa Ferro, comenta que a linguagem do documentário reflete o trabalho do grupo.
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