Em março, estreia documentário “22 em XXI”, sobre o legado do modernismo no Brasil
Dirigido por Helio Goldsztejn e produzido por SescTV, o filme retrata o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, com depoimentos de Emicida, Caetano Veloso, Ruy Castro, Maria Adelaide Amaral, Jerá Guarani, dentre outros
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São Paulo, fevereiro de 2022 - A estreia do documentário "22 em XXI", concebido e dirigido por Helio Goldsztejn, será exibida no dia 22 de março, às 21h, no SescTV. Com realização do Sesc e produção do SescTV, o longa traz depoimentos de artistas, especialistas e atores que conversam e refletem sobre o modernismo no país, além de dramatização de fatos ocorridos na notória Semana de 22 no século passado.
Cem anos depois, o que ficou da Semana de Arte Moderna de 22? Essa é a pergunta central do documentário "22 em XXI", que também investiga os antecedentes e as consequências de um dos eventos culturais mais importantes da história da arte brasileira.
Este movimento artístico teria realmente marcado nossa cultura para gerações posteriores ou foi um mito construído ao longo dos anos, ganhando força com o Concretismo, o Cinema Novo e a Tropicália?
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Buscando os vários ângulos dessas questões, o filme apresenta depoimentos de Aracy Amaral, Caetano Veloso, Emicida, Jerá Guarani, José Miguel Wisnik, Fred Coelho, José Celso Martinez Corrêa, Maria Eugênia Boaventura, Ruy Castro, Regina Teixeira de Barros, Hélio Menezes, Maria Bonomi, Maria Adelaide Amaral, Antonio Risério, Pedro Duarte e Marcos Augusto Gonçalves.
A obra também é composta por dramatizações. Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Mário de Andrade ganham vozes interpretadas por Erika Puga, Maria Manoella, Marcelo Diaz e Anderson Negreiro, respectivamente.
Ao longo de 3 anos, o cineasta Helio Goldsztejn construiu o projeto do filme sobre o modernismo e seu símbolo maior: a Semana de 22."O SescSP e o SescTV possibilitaram que meu desejo virasse um filme", conta Helio. "Pois cá estamos cem anos depois da Semana com um documentário que conta essa história com o olhar do nosso século. Minha vontade sempre foi a de poder mergulhar um pouco nesses dias, repletos de criação, dilemas e contradições. Arte, muita arte sim, e um projeto político por trás. Bem-vindo ao sonho, ao Cadillac verde de Oswald rumo à antropofagia, Bossa Nova, Concretismo e Tropicália!", finaliza Goldsztejn.
Segundo o diretor regional do SescSP, Danilo Santos de Miranda, "o centenário traz para o público de hoje a singular oportunidade de reflexão sobre o impacto e ecos das ideias artísticas, culturais e sociais projetadas pelo icônico movimento, marco do início da consolidação do modernismo no Brasil e símbolo de ruptura com movimentos anteriores. O documentário '22 no XXI' torna-se mais uma potente forma de difusão e debate de ideais, a mostrar os vários ângulos dessas questões a um maior número de interessados".
O documentário integra o projeto Diversos 22 - Projetos, Memórias, Conexões: uma ação em rede do SescSP, com atividades artísticas e socioeducativas, programações on-line e presenciais nas unidades do estado de São Paulo. Tal iniciativa tem como objetivo marcar um arco temporal que evocará celebrações e reflexões de naturezas diferentes, mas integradas e em diálogo, acerca dos projetos, memórias e conexões relativos ao centenário da Semana de Arte Moderna de 22, no sentido de discuti-los, aprofundá-los e ressignificá-los, em face dos desafios apresentados no tempo presente.
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