Stevie Wonder dá o tom em especial do BIO
Stevie Wonder está em O Lado Bom da Vida, filme que conseguiu oito indicações ao Oscar em 2013. Ou melhor, sua música, Ma Cherie Amour, gravada em 1966, marca grande presença. Mais do que trilha sonora, a canção é quase um personagem coadjuvante do filme por: 1) ter tocado no casamento de Pat Jr. (Bradley Cooper), 2) estar tocando quando o mesmo personagem pega sua mulher no flagra e 3) dar calafrios e provocar um estranho ataque de ira em Pat, toda vez que toca, meses depois de ter espancado o amante da mulher.
Fora do cinema, as músicas de Stevie Wonder – atração do BIO, no dia 26/2, terça-feira, às 20h – são parte da história de muitos outros casais da vida real. You are the Sunshine of my life e Overjoyed, estão entre suas baladas mais conhecidas, mas o cantor e pianista também prova que tem muito swing com Superstition e Sir Duke.
Stevie começou na cedo na música por influência de Ronnie White, do grupo The Miracles, que ao ouvir o garoto cego, com então 11 anos, não teve dúvidas de levá-lo à Motown Records, por onde gravou seu primeiro single, I Call It Pretty Music, But the Old People Call It the Blues, sob o nome de Little Stevie. Mais tarde, aos 13, obteve muito sucesso com Fingertips, música gravada durante o show Motor Town Revue, em que Little Stevie faz os vocais, toca bongô e gaita, enquanto um jovem Marvin Gaye, arrasa na bateria.
Em sua transição para a fase adulta, Stevie retirou o Little do nome e chegou a lançar o álbum somente instrumental, em 1968, com o nome de Eivets Rednow (que nada mais é que Stevie Wonder ao contrário), que não foi muito bem recebido pelo público. Desencorajado de seguir por um caminho mais experimental, o multi-instrumentista voltou a apostar nos vocais e lançou diversos hits nos anos 70, período conhecido como sua fase clássica. Nos anos 80, continuou a ser uma "máquina de sucessos", embora a crítica encare essa década como uma fase mais comercial de sua carreira. Permaneceu ativo nos anos 90 e 2000 e hoje, já é encarado como um mito da soul music. Uma de suas últimas apresentações de sucesso aconteceu em 2011, durante o Rock in Rio, quando cantou para mais 100 mil pessoas.
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