PREMIADO NOS FESTIVAIS DE ROMA E TOKYO, CURTA ‘KOKORO -- DE CORAÇÃO A CORAÇÃO” SERÁ EXIBIDO NO FESTIVAL DO RIO
Produzido pela MyMama Entertainment, filme é dirigido por André Hayato Saito, da dupla Kid Burro
Esta e outras imagens de divulgação estão disponíveis aqui
Assista aqui ao trailer do filme
Outubro de 2022 -- Após ser exibido e premiado em festivais internacionais, o filme "Kokoro -- De Coração a Coração" chega à Première Brasil Competitiva de Curtas Metragens, do Festival de Cinema do Rio de Janeiro, onde compete como Melhor Curta-Metragem.
Eleito o melhor documentário de curta-metragem no Roma Short Film Festival, com Menção Honrosa no Tokyo International Short Film Festival e integrante da Seleção Oficial do 40º Festival Internacional de Cinema do Uruguai, a obra é dirigida por André Hayato Saito, da dupla Kid Burro, e produzido pela MyMama Entertainment.
O filme conta a história de amizade entre duas mulheres japonesas, que se separaram quando uma delas imigrou para o Brasil. Conduzido em formato docuficção (um híbrido entre os gêneros documentário e ficção), a produção solo de Saito integra uma trilogia de filmes que estão conectados ao resgate de suas raízes nipônicas.
'Kokoro -- De Coração a Coração" surgiu de uma história real, emocionante e extraordinária. O filme permeia a amizade da já falecida avó de Saito, Shigeru, com uma antiga amiga, Takae, em sua terra natal -- o Japão. História com a qual Saito encontrou o caminho para irrigar a sua própria existência. Após esse curta, outros dois filmes que representam a reconexão com a ancestralidade japonesa serão lançados: o curta-metragem 'Vento Dourado' e o longa 'Crisântemo Amarelo', ambos em produção pela MyMama Entertainment.
Quando jovens, Shigeru e Takae fizeram um pacto eterno de amizade: se encontrar onde os botos cor-de-rosa se reúnem na Amazônia. Vinte anos após a morte de Shigeru, Saito e seus irmãos deram de presente aos pais uma viagem ao Japão, realizada em 2017, que incluiu visitar a cidade natal da matriarca já falecida. Com a ajuda de amigos locais, conseguiram encontrar Takae. Entre flores e chás, Takae pegou na mão de Saito e desandou a lhe contar histórias sobre sua avó, até que a avisaram que ele não falava japonês. Foi então que ela botou a mão em seu peito e disse: "Não importa, coração com coração (kokoro to kokoro) e nos tornamos um". Naquele instante, Saito soube que precisaria transformar aquele momento em um filme.
No final de 2019, o diretor recebeu a notícia de que a casa onde Takae morava estava abandonada. Por um momento, pensou que ela havia morrido, mas então veio a descobrir que ela estava vivendo em um asilo. Foi aí que, em um impulso, comprou a passagem para as semanas seguintes e viajou mais uma vez para o Japão, junto de sua produtora e esposa Tati Wan. Lá do outro lado do mundo, com uma câmera na mão, sem roteiro, pesquisa ou tradutor, explorou a sua nova visita a Takae. Os encontros físicos e espirituais entrelaçam o passado de Shigeru, através das memórias de Takae, ao presente de Saito, e tornam material aquilo que é expresso apenas com o coração.
"O Brasil é o país com a maior comunidade japonesa fora do Japão. Hoje, já são mais de 2 milhões de pessoas de origem nipônica no país. Em meio a esse movimento do Japão pra cá, fragmentos de identidade ficaram espalhados pelo caminho, sendo substituídos por uma experiência nipo-brasileira que ainda batalha para entender o seu lugar. O resgate da ancestralidade é uma base para ressignificar nossa identidade, e o filme busca trazer à tona como esse processo pode ser feito de maneira afetuosa, sem precisar criar mais cicatrizes em nossas trajetórias", afirma Saito.
De acordo com o diretor do filme, 'Kokoro -- De Coração a Coração" surge da dor e do aprendizado causados pela ausência. O filme traz poesia que não se finda nas palavras, assim como a vida não termina com a morte. "A minha busca por tratar de feridas identitárias ainda abertas, de certa maneira, conversa com os filhos das diversas diásporas ao redor do mundo que precisam aprender a existir no entrelugar. Aqueles que não se sentem nem daqui, nem de lá. Além disso, o filme apresenta um processo de captação que tenta romper com o controle e o planejado, abdicando do processo de pré-produção clássico, e culminando em um profundo acolhimento de raízes por muito tempo negadas", explica.
Confira abaixo os locais e horários de exibição da obra no Festival do Rio:
• Dia 8/10 às 19h15: Sessão para convidados, no Estação Net Gávea - R. Marquês de São Vicente, 52, Gávea
• Dia 9/10 às 13h30: Sessão aberta ao público, seguida de debate, no Cine Odeon - CCLSR - Praça Floriano, 7, Cinelândia
A exibição do curta antecede o longa "Sociedade do Medo" dirigido por Adriana L. Dutra
Ficha Técnica:
Direção: André Hayato Saito
Produzido por: André Hayato Saito, Tatiana Wan, Mayra Faour Auad e Gabrielle Auad
Roteiro: André Hayato Saito e Tatiana Wan
Montagem: Caroline Leone
Desenho de Som e Mixagem: Guile Martins
Trilha Sonora Original: George Karpasitis
Produção Local: Motohiro Yoshimi
Narração: Pedro Akira Sato Saito
Pós Produção: Clandestino
Produtora: MyMama Entertainment
País(es): Brasil / Japão
Imagens Adicionais (Botos Cor de Rosa): Lucas Gaspar Pupo, ABC
Colaboração no Roteiro: Caroline Leone
Colaboração no Texto: Luigi Madormo
Tradução por: Amadeus Valdrigue
Ilustração por: Daniel Semanas
Diretor de Arte: Fabiano Higashi
Coordenadora Executiva: Juliana Pacheco e Luísa Durães
Coordenadora de Produção: Beatriz Morgado
Produtor de Pós-Produção: Daniel Amaro
Assistente de Pós-Produção: Paulo Oliveira, Henrique Freitas e Larissa Medeiros
Departamento Financeiro: Clayton Ricardo, Gustavo Pitta e Rosemeire Cardoso
Escritório de Advocacia: Maluf Moreno
Advogada responsável: Mariana Albuquerque Melo
Coloristas: Alexandre Cristófaro e João Geraldo
Supervisor de Pós-Produção: Fabian Gamarra
Edição Online: Luiza Freire
Apoio ao Cliente: Elciane Magda
Financeiro: Silvia Dotta
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