Luis Maluf Art Gallery recebe exposição do artista Alexandre Orion
Mostra individual questiona a relação das pessoas com as imagens |
No próximo dia 18 de maio, quinta-feira, a partir das 19 horas, a Luis Maluf Art Gallery, nos Jardins, apresenta a exposição individual e itinerante do artista Orion. A exposição fica em cartaz na Luis Maluf Art Gallery Jardins até o dia 27 de maio. E de 1º de junho a 22 de junho, a mostra será exibida na Luia Maluf Art Lab, na Vila Madalena. Composta por 17 obras, a mostra do artista multimídia Alexandre Orion, revela um incômodo visual. Construídas em peças de PVC expandidoe recortados, a cor turquesa aplicada como background resulta em um efeito similar ao do cromaqui de televisão, onde aquilo que se vê (ou que se escolhe ver) é sempre uma construção. A cor turquesa é usada em todas as peças do artista, que propõe uma relação conceitual com a ausência, a abstração e a invisibilidade. Como no cromaqui, usado nos falsos cenários, o público que passar pela exposição poderá preencher este vazio, com a imagem mental que melhor lhe convier. "A obra Inimigo Número Um, por exemplo, apresenta um rosto pintado com os olhos vazados, dando a impressão de ser uma máscara. O que pressupõe que você pode vestí-la ou colocá-la em qualquer espaço. A ideia é fazer alusão ao inimigo cultural, aquele que é inventado de forma midiática. O inimigo da vez, quem escolhe é quem vê: podem ser um imigrante de outra cultura, ou o próprio observador", explica o artista Alexandre Orion. Paralelamente, a exposição apresenta uma relação explícita com a velocidade e a repetição. Com imagens dispostas repetidamente quadro a quadro, o artista disseca o movimento à semelhança dos arquivosde GIFs, amplamente utilizados nas redes sociais. Com isso, provoca uma reflexão sobre o frenesi e liquidez, com o qual a sociedade contemporânea se relaciona com as imagens e com a identidade humana, diantedos vínculos criados entre as pessoas nestas interfaces. "A nossa reação às imagens foi reduzida a uma relação de superfície, de cliques. Nós somos espectadores impacientes e evasivos. Não fruímos a imagem, pelo contrário, a consumimos, como se a absorvêssemosao clicar duplamente nela", finaliza Orion. |
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