Flávia Alessandra fala sobre seu maior aprendizado em “Porto dos Milagres”

GLOBOPLAY
Atriz relembra sua primeira protagonista em novela lançada há 20 anos e que passa a integrar, a partir de hoje, o projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia no Globoplay
Nesta segunda-feira, dia 01, chega ao Globoplay  "Porto dos Milagres", mais um grande sucesso que entra para o catálogo do projeto de resgate de clássicos da dramaturgia.  Lançada originalmente há 20 anos, a obra  assinada por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares é uma livre adaptação de "Mar Morto" e "A Descoberta da América Pelos Turcos", de Jorge Amado. A trama se passa na  fictícia cidade de Porto dos Milagres, onde vivem duas classes sociais distintas: a burguesia e os moradores do cais do porto. Guma (Marcos Palmeira) é um pescador que contrapõe a política do inescrupuloso Félix (Antonio Fagundes) e se apaixona por Lívia (Flávia Alessandra), de uma origem completamente diferente da sua. A mitologia e a religiosidade estão presentes na trama através da figura de Iemanjá, a "rainha do mar", padroeira de Porto dos Milagres e que, de forma fantástica, exerce influência na vida dos habitantes.
 
"Porto dos Milagres" foi emblemática para atriz Flávia Alessandra, que estreava na época como protagonista em horário nobre com a personagem Lívia Proença. Forte e decidida, Lívia namora com Alexandre Guerreiro (Leonardo Brício), por quem tem carinho, mas não é completamente apaixonada. Criada pelos tios Augusta (Arlete Salles) e Oswaldo (Fulvio Stefanini), e, depois, pela tia Maria Leontina (Louise Cardoso), sabe muito pouco sobre seus pais. Não conhece as origens de sua família. Lívia vai a Porto dos Milagres para trabalhar na empresa de Félix Guerreiro (Antonio Fagundes) e conhece Guma (Marcos Palmeira), por quem se apaixona perdidamente, mudando o rumo de sua história.
 
A Atriz relembra esta fase especial da sua carreira e vida pessoal.
 
A novela completa 20 anos agora em 2021. Quais são suas principais lembranças deste trabalho?
Foi a minha primeira protagonista em horário nobre. E a minha lembrança era de gravar muito (risos). Mas era uma novela muito gostosa de fazer. Eu adorava interpretar a Livia, que era uma mocinha muito forte e interessante. E era uma novela com um elenco muito legal, com uma história que instigou bastante o público. A trama era do Aguinaldo Silva e do Ricardo Linhares e baseada em obra do Jorge Amado. Era um texto muito nobre, rico mesmo.

Tem alguma curiosidade de bastidor que você possa compartilhar com o público?
Sim, eu tinha acabado de dar à luz Giulia. Ela tinha uns três meses quando começamos a gravar. E foi um desafio fazer a novela com uma bebêzinha. Mas tive muito apoio. Giulia estava sempre comigo no set. Nós tínhamos uma reprodução da cidade cenográfica lá na Bahia, em Comandatuba, e ficamos gravando uns três meses lá direto. Jujuba amamentava, ficava colada em mim. Eu parava de gravar e amamentava.

Como você define a Lívia?
Ela era uma mocinha bem corajosa e forte. E que se entregou a um amor verdadeiro e forte. E proibido também. Quase um Romeu e Julieta. Ela se apaixonava por um pescador e a família não aceitava, tinha toda uma história do passado. E, por isso, eles enfrentam muitos obstáculos. Ela era uma personagem bastante interessante. E a trilha sonora do casal era deslumbrante, muito linda.

Pode falar algo que você tenha aprendido com sua personagem ou com a novela?
Aprendi  conciliar maternidade e trabalho, algo que faz parte da realidade da maioria das mulheres brasileiras. Até então, nos trabalhos anteriores, eu não tinha filhos. Aprendi ali a ser essa equilibrista, a trabalhar e, ao mesmo tempo, ser e estar presente na vida da minha filha.

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