Lifetime estreia Lorena Bobbitt: A Mulher que Castrou o Marido, no Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres

Com produção executiva da própria Lorena, o filme narra a dramática história de uma jovem que viveu quatro anos de um casamento abusivo e violento

Um relato cronológico e visualmente forte da vida em casal de uma mulher agredida e abusada sexualmente e que, segundo a protagonista, não soube ver os "sinais" e para quem "é muito importante que as pessoas assistam, para continuar ajudando as mulheres"

Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), Brasil e México apresentam o maior numero de casos em uma região em que a ausência da justiça é o denominador comum para esse tipo de crime

 

ESTREIA: 25/11, quarta-feira, 20h50



Lifetime reforça seu compromisso de dar voz às vítimas e ajudar a prevenir qualquer tipo de intimidação e maus-tratos às mulheres, e também para destacar o Dia Internacional do Combate à Violência Contra as Mulheres, com a estreia de Lorena Bobbitt: A Mulher Que Castrou o Marido. O filme conta a verdadeira história sobre esse caso que teve repercussão midiática em todo o mundo..

Protagonizado por Dani Montalvo (Dispatches From Elsewhere) como Lorena, e Luke Humphrey (Tiny Pretty Things), na pele de John Bobbitt, a produção original é um relato de como o casal se conheceu, a evolução do relacionamento, seu casamento de quatro anos e uma vida idealizada que se transformou em um inferno. A própria Lorena seu uniu ao Lifetime como produtora executiva e narradora do filme.

"Eu fiz a narração e produção executiva, e ver a atriz que me interpretou foi muito comovente ao contar esses momentos obscuros da minha vida. Mas, mentalmente, estava mais preparada para seguir adiante com minha missão, que é fazer com que minha história chegue como conexão a outras mulheres que sofrem maus-tratos e abuso sexual", conta Lorena.

Lorena Bobbitt se tornou um nome comum nos noticiários de todo o mundo quando, depois de anos de abuso por parte de seu marido John, cortou seu pênis com uma faca em junho de 1993. "Estava totalmente destruída. Emocionalmente, psicologicamente, totalmente traumatizada", conta Lorena –  uma imigrante equatoriana e que, aos 19 anos e recém-chegada aos Estados Unidos, conheceu John. Agora, 27 anos depois da terrível noite em que reagiu aos abusos e violência de seu marido, ela conta sua história por meio desta produção Lifetime.

"Minha história é muito importante porque tem uma voz forte e o meu objetivo de continuar contando é ajudar a outras vítimas", afirma Lorena. "Quero basicamente romper o silêncio sobre a violência doméstica que as mulheres latinas sofrem. Por isso, é importante que as pessoas assistam ao filme, que visualmente tem um efeito muito forte, para se conscientizar e ajudar as mulheres".

Lorena Bobbitt: A Mulher que Castrou o Marido acompanha sua trajetória, desde que era uma noiva imigrante com muitas ilusões, até uma esposa maltratada, que se tornou uma sensação midiática em todo o mundo por ser a mulher que cortou o pênis do marido.  "Não foi um ato pensado, não sei o que passou pela minha cabeça, estava destroçada, os psicólogos me analisaram e me disseram que eu tinha síndrome de uma mulher abusada e não estava sã", enfatiza Lorena. "Fiz este filme para que, antes de julgar ou opinar sobre algo, as pessoas se eduquem. Mesmo sendo difícil regressar a esses momentos da minha vida, fazendo reviver todo o sofrimento que passei, acreditei que era um propósito necessário".

Lifetime é a marca de entretenimento multiplataforma dedicada à mulher, que celebra a igualdade, a inclusão e a aceitação. O Lifetime repudia qualquer tipo de violência contra a mulher: física, psicológica, econômica, cultural e sexual. Como parte de seu compromisso com as mulheres, criou o site Basta de Violência, para compartilhar informações úteis sobre instituições na América Latina que auxiliam sobre a violência de gênero e dão apoio e ajuda oportuna.

Com seu trabalho em Lorena Bobbitt: A Mulher que Castrou o Marido, Lorena, que agora usa o sobrenome Gallo, tem um objetivo especial de ajudar as vítimas de violência doméstica. Ela espera que as pessoas que se encontram submetidas a abusos, depois de verem o filme saibam que existem recursos e instituições que podem ajudá-las a superar o que estão vivendo.

"Se passaram quase três décadas (desde o incidente) e muito tem sido feito para ajudar as vítimas de violência doméstica e abuso sexual, mas falta muito mais. Há muito o que fazer no mundo para acabar com essas situações, algumas medidas não estão sendo tão efetivas para fazer justiça para as vítimas e sobreviventes, então é importante que as pessoas vejam e escutem a minha história".

Lorena criou a Lorena Gallo Foundation, que tem como missão expandir a educação contra a violência doméstica, violência interfamiliar e maus-tratos sexuais em nível escolar e comunitário, além de informar o público sobre os muitos recursos de ajuda que existem, colaborando com comunidades, e ajudar as vítimas de violência e abuso sexual.

Por meio da Lorena Gallo Foundation, a sobrevivente de violência e agora ativista tem um objetivo de maior alcance, com a criação de um albergue de emergência, para ajudar as vítimas de forma imediata e tentar conseguir mudar os alarmantes números de feminicídios.

De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), Brasil e México apresentam o maior numero de casos em uma região em que a ausência da justiça é o denominador comum para esse tipo de crime.

Os dados atuais e do período da pandemia seguem sendo assustadores na América Latina, entre 1º de janeiro a 30 de outubro:

  • Argentina 255 feminicídios
    Fonte: Observatorio de las Violencias de Género "Ahora Que Sí Nos Ven"
  • Brasil: 936 feminicíidios
    Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública (até 30 de junho de 2020) + projeção a 31 de outubro, com data de um feminicídio a cada 9 horas)
  • Chile: 34 feminicídios.
    Fonte: Ministerio de La Mujer y la Equidad de Género
  • Colômbia: 508 feminicídios.
    Fonte: Red Feminista Antimilitarista (OFC)
  • México: 704 feminicídios registrados até 30 de setembro de 2020.
    Fonte: Secretaría de Seguridad y Protección Ciudadana México

"Os líderes em nossos países precisam ajudar essas pessoas que estão sofrendo em silêncio. Temos que romper com isso, e nossas vozes são mais forte quando estamos juntas. Temos que nos unir como mulheres, sobreviventes que passamos pelo calvário de violência doméstica e abuso sexual, temos que seguir adiante com força, ânimo e esperança", completa Lorena.

Lorena Bobbitt: A Mulher Que Castrou o Marido (I Was Lorena Bobbitt , 2020, EUA)
Gênero: drama

Direção: Danishka Esterhazy
Elenco: Niamh Wilson, Jorja Cadence, Aniko Kaszas, Dani Montalvo, Luke Humphrey

Classificação Indicativa: 14 anos

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