Quem é Babi A. Sette? Conheça a precursora dos romances de época no Brasil


Prestes a completar dez anos de carreira, a autora com livros publicados pela Record anuncia lançamentos em audiolivro e novidades para a Bienal do Rio

Babi A. Sette era escritora, mas não sabia. Muito menos imaginava que seria uma das precursoras dos romances de época no Brasil. Precisou de um "empurrão" da prima, a quem contou uma das histórias que lhe viam a mente. Na época, ela trabalhava com marketing, estava insatisfeita, e acabou deixando o emprego para tentar se encontrar na carreira.

"Sempre gostei de escrever, mas nunca me imaginei escrevendo um romance. Para mim as poesias que eu rabiscava eram a fronteira entre o que me sentia impulsionada a criar e o que eu arriscava escrever", revela a paulistana, que decidiu se lançar oficialmente apenas depois de terminar o terceiro romance.

Entre o Amor e o Silêncio é publicado por meio de uma parceria que dividia os custos entre autor e editora. Babi sabia que para fazer o livro chegar ao público precisaria ir além. Fez parcerias com blogs, montou press kits atrativos e o resultado é que a edição esgotou em menos de dois meses.

O sucesso foi a alavanca para a publicação daquela que seria uma das obras de referência da autora, e seu primeiro romance de época. Convidada a publicar um novo livro pela editora numa edição tradicional, agora sem divisão de custos, Babi lança A Promessa da Rosa. "Foi um sucesso instantâneo e na Bienal já tive minhas primeiras fileiras de autógrafos (risos)",  relembra.  

Sem se prender à sua marca registrada, Babi se lança também entre enredos contemporâneos e new adult. Este, aliás, consagraria de vez a carreira literária com a Senhorita Aurora, uma história inusitada sobre o relacionamento de um soropositivo com um personagem alheio a essa realidade. Publicado por um dos maiores grupos editoriais do Brasil, o selo Verus da Record, o livro se tornaria o campeão de vendas da autora.   

"Eu não sabia como os meus leitores iriam reagir, inclusive por ser um tema novo, mas foi um boom extraordinário, que colocou a visibilidade das minhas obras em outro patamar", comenta Babi. Lançado inicialmente de maneira independente, Senhorita Aurora chegou ao topo das vendas na Amazon e figurou entre os cinco romances mais vendidos na plataforma por 45 dias. 

Com uma carreira prestes a completar dez anos e participações ativas nas maiores feiras e eventos literários do país, Babi chega a 2023 com novidades instigantes para seus inúmeros fãs. Depois de relançar A Promessa da Rosa em uma edição especial, a autora terá pela primeira vez uma história contada em audiobook, pela Storytel. Amor, Goiabada e queijo é uma comédia romântica com ares de Romeu e Julieta que se passa no Rio de Janeiro dos anos 20. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2023.  

E para quem espera uma nova publicação tradicional, a autora anuncia um new adult com enredo dentro do universo da patinação no gelo, que será lançado pela Verus Editora, do grupo editorial Record, na 20ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, em setembro.  

Confira o bate-papo e inspire-se com Babi A. Sette: 

Tem alguma história que marcou muito você nestes 9 anos como escritora? 

Vou falar do livro que foi um divisor de águas na minha vida de leitora. Era um livro da Patrícia Cabot e o título era Ensinando Caroline. Quando eu peguei esse livro, li a sinopse e pensei: 'esse livro vai mudar a minha vida'. Levei ele para casa, comecei a ler no mesmo dia, e foi o ano que eu li mais de 150 livros, todos romances de época. Ele mudou completamente a minha vida, porque eu virei uma leitora viciada, apaixonada, tomada pelo gênero e daí eu sabia que eu escreveria esse gênero, que me conduziria para escrita durante muitos anos e continua sendo o meu xodó até hoje. 

Você esperava o sucesso que foi Senhorita Aurora? O que atribui a repercussão da obra entre as leitoras?   

Não costumo ter livros favoritos, mas Senhorita Aurora e A Promessa da Rosa, de algum jeito, tocam meu coração de uma forma diferente. Eles foram responsáveis pelos meus dois booms na minha carreira. São livros que ainda podem chegar a muitos outros leitores, torço que sim. 

Você escreve romances de época, new adult e chick-lit. Como é dialogar com estes públicos que, apesar de estarem em momentos diferentes da vida, se apaixonam pelos seus personagens? 

Acho maravilhoso migrar de gêneros enquanto escrevo. Assim como o leitor, é bom a gente ter um descanso do gênero, pegarmos novos gêneros e lermos coisas diferentes. No meu processo de escrita é funciona do mesmo jeito.  Nunca tive dificuldade de migrar de época para um contemporâneo, apesar de eu me sentir mais à vontade nos romances de época. Hoje eu sinto que ter uma filha adolescente me ajuda bastante a continuar escrevendo e mergulhando num universo de romances mais jovens, como pensam, se comportam em fala.   


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