Arrigo Barnabé em documentário e show instrumental inéditos no SescTV

 

O músico e compositor é atração da série "Passagem do Som" e "Instrumental Sesc Brasil",  no dia 21/6, domingo, a partir das 21h 



Arrigo Barnabé. Foto: Piu Dip.

 

 

O músico e compositor Arrigo Barnabé começou a se destacar no cenário musical a partir do seu primeiro álbum, Clara Crocodilo, lançado em 1980, trabalho independente que marcou o surgimento do movimento cultural Vanguarda Paulista. Trinta e cinco anos depois, o músico é atração de documentário da série Passagem de Som e de show da série Instrumental Sesc Brasil. Inéditos, os programas serão exibidos no dia 21/6, domingo, a partir das 21h, no SescTV, com direção para TV de Max Alvim.

 

No documentário, Barnabé diz ter mais facilidade para atuar do que para a música, apesar de ter habilidade para compor. "Escolhi uma coisa que eu tenho dificuldade", confessa. O artista compôs pela primeira vez em 1972 tendo seu amigo Mário Lúcio como parceiro. "Nós fizemos o (disco) Clara Crocodilo", fala. Em seu lançamento, o álbum reuniu em um mesmo palco músicos, compositores e poetas integrantes do movimento Vanguarda Paulista, ajudando a escrever a história da música brasileira. Em 1982, o repertório dessa obra voltou repaginado, em versão instrumental, sendo apresentado no Festival de Jazz de Berlim, na Alemanha.

 

Em 2013, Barnabé foi convidado para tocar o mesmo repertório no Festival Internacional de Vanguardia, em Santiago do Chile, onde subiu ao palco com quatro garotas instrumentistas que integram sua banda O Neurótico e as Histéricas, criada nesse mesmo ano. O músico ainda levou dois amigos para integrar o grupo. "Chamei o Mário Manga (guitarrista) e o Paulo Braga (pianista), que são dois caras mais velhos, que já tocaram comigo bastante", recorda.

 

Além de se dedicar à música, Barnabé sempre encontra um tempinho para jogar xadrez. A paixão pelo jogo começou ainda na infância e o levou à frequentar aulas em um clube de xadrez. "Antes, xadrez era mais comentado do que hoje e eu queria jogar bem", conta.

A prática e a intuição de Barnabé não ficam apenas no jogo de xadrez, elas são utilizadas também em suas composições. No show que integra a sérieInstrumental Sesc Brasil, exibido pelo canal logo após o documentário, o músico executa repertório do álbum Clara Crocodilo, no qual faz uso do dodecafonismo, técnica criada pelo compositor austríaco Arnold Schönberg em 1920, para ter mais possibilidades de sons. Sobem ao palco com Barnabé, que toca teclado, Mário Manga, na guitarra; Paulo Braga, no piano; e as jovens de sua banda, Maria Beraldo Bastos, no clarinete; Joana Queiroz, no clarone e no sax; Ana Karina Sebastião, no baixo; e Mariá Portugal, na bateria.

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